Wagner Moura falou recentemente sobre o seu retorno aos cinemas brasileiros no protagonismo de “O Agente Secreto”, filme de Kleber Mendonça Filho. Em entrevista à Variety, publicada nesse domingo (07), o ator mencionou as expectativas sobre o Oscar 2026 e elogiou o diretor do longa.

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“Foi libertador fazer algo em português novamente”, disse. E completou: “A última vez que atuei na minha língua foi há mais de uma década. Voltar para casa, para Recife, para trabalhar com o Kleber, foi como retornar às raízes do meu trabalho como ator”.

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Moura também elogiou Kleber Mendonça Filho: “Ele é minha alma gêmea cinematográfica. É profundamente político, mas também profundamente brasileiro”. “Ele consegue pegar influências de filmes americanos dos anos 1970, as lentes, a estrutura, e fazer disso algo que pertence apenas ao Brasil. Isso é raro”, completou.

“O Agente Secreto” é uma produção com altas expectativas de uma indicação do filme para o Oscar do ano seguinte, já que teve sua estreia em Cannes, que também contou com um troféu para Wagner Moura como Melhor Ator. Durante a entrevista, Moura também relembrou a temática de “Ainda Estou Aqui”, filme histórico que ganhou como Melhor Filme Internacional no Oscar e que aborda a ditadura.

Sobre a ditadura, o ator e diretor recordou a produção “Marighella”, da qual fez parte por detrás das câmeras. “Os brasileiros sabem o que é ditadura. Os americanos não. É por isso que fomos eficientes na defesa da democracia quando nossas instituições foram atacadas. Aqui nos EUA, as pessoas às vezes tomam a democracia como garantida. Isso me assusta”, pontuou.

Por fim, o ator falou, otimista, sobre o cinema brasileiro e o protagonismo que recebe em Hollywood: “É sobre se manter fiel aos seus valores em tempos difíceis. É disso que este filme trata. É disso que quero que meus filhos se lembrem.”

Estadão Conteúdo