Disputar a Série A do Campeonato Brasileiro é um feito para poucos. Em 2019, segundo um relatório da CBF, havia cerca de 90 mil jogadores profissionais em atividade no Brasil, mas apenas 690 atuaram na elite do futebol nacional naquele ano, o que representa apenas 0,76% do total. Apesar da dificuldade evidente, a confiança do torcedor brasileiro em seu próprio potencial para se tornar um atleta de elite impressiona.

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Uma pesquisa realizada pela agência RWB, encomendada pelo Bolavip Brasil, revelou que 57% dos homens acreditam que teriam condições de se tornar jogadores profissionais de elite, caso tivessem tido a oportunidade. Entre as mulheres, esse índice cai para 39%. Jovens adultos entre 25 e 34 anos são os mais confiantes: 57% deles disseram que poderiam atuar na Série A.

A pesquisa revelou diferenças regionais na percepção das próprias habilidades futebolísticas. O Norte do país apresentou os torcedores mais confiantes, com 59% dos entrevistados acreditando que poderiam jogar profissionalmente. No Sul, essa confiança foi menor, com apenas 36% dos entrevistados se enxergando como potenciais atletas da elite. No Nordeste, o percentual foi de 48%, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste os números ficaram em 42% e 41%, respectivamente.

A pesquisa também avaliou quais sacrifícios os torcedores estariam dispostos a fazer para se tornar um jogador profissional. O mais aceito foi o afastamento da família, com 20% dos entrevistados afirmando que suportariam essa renúncia. No entanto, apenas 5% disseram que tolerariam a violência, ameaças e agressões verbais e físicas que fazem parte da rotina de muitos atletas no Brasil.

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Os entrevistados foram convidados a se comparar com jogadores de renome. Um dado curioso é que 16% acreditam que, caso fossem profissionais, seriam melhores do que Alisson, goleiro do Liverpool e da Seleção Brasileira. Por outro lado, o jogador menos citado foi Richarlison, do Tottenham, com apenas 5% dos entrevistados dizendo que seriam superiores ao atacante.